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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Um dia como este...

Em um dia como este, eu não sei quanto aos outros, mas eu me sinto tristemente livre.
O mundo inteiro parece estar ocupado para você, ou pelo menos mais ocupado que você.
A televisão parece estar mais lenta e as reprises aparecem incontáveis vezes mais do que semana passada, que você estava super ocupada, saindo com amigos e quase que não atendendo, o telefone, que praticamente não parava de tocar, ou pelo menos essa é a impressão que você tem em um dia como este, quando olha para a semana que já passou.
Você torce, para o dia passar o mais rápido possível, e quando já está anoitecendo, parece que tudo o que você queria fazer não deu tempo, quando na verdade tempo foi, a única coisa que não te faltou.

O telefone não toca, o som da televisão horas parece alto demais, horas não alto o suficiente.
Incontáveis são os suspiros proclamados, isso sem contar os ecos de palavras esporadicamente jogadas aos ventos, na vontade de preencher o vazio de algo ou alguém que não está lá.
Fico aqui sentada no sofá, ou melhor, jogada nele, esperando que algo me aconteça, alguém me telefone, ou até mesmo que me façam uma surpresa... Seria bom.
“Seria, faria, gostaria, ficaria, parecia.”
Esse tempo verbal condicional é presente demais no meu vocabulário, mais o que eu gostaria, “gostaria”.

Quando escutamos nossas mães, tias, e avós, falando “como era bom, no meu tempo”, nunca realmente escutamos.
Pelo menos não damos o valor devido a essa indagação, por mais clichê que ela pareça, tem o seu valor.
Hoje me pergunto, se pudesse ter feito tudo diferente nos últimos cinco anos, faria?
Isso eu não sei, algumas coisas sim, mas esse tipo de pergunta e auto-análise só aparece em um dia como este, não é mesmo?
Eu devia ter passado menos dias reclamando da vida, menos tempo vendo televisão e acima de tudo menos tempo me criticando e louvando minha falta de segurança.

Portanto eu espero que esse dia passe, que um novo dia clareie na minha vida e que eu saia da cama amanhã e que não seja apenas para ir até o sofá ou a cozinha. Tenho certeza hoje, de que amanhã tudo vai ser melhor, amanhã o mundo vai girar mais rápido e eu vou querer o contrário, amanhã eu vou acordar diferente e meus pensamentos serão otimistas como na semana passada.
Mas só amanhã.