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quarta-feira, 11 de junho de 2008

namoro

redial, redial, redial, redial... redial.

domingo, 18 de maio de 2008

orkut

Refresh, refresh, refresh, refresh...


etc...

ler!-> http://www.chuckpalahniuk.net/features/shorts/guts

That is our invisible carrot.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

As noites de pensamentos e os dias de eco.

O diabo e o anjo debatem...
Se tuas janelas já se fecharam, permito espelhar-te nas minhas.
Aquelas que te abrem a algum infinito de idéias;
Aquelas que te sufocam de memórias;
Aquelas que te mostram que sonhos não são garantias, e que garantias não são concretas.
Que as escadas estão descendo, descendo a algum lugar escuro onde janelas não existem, apenas a vida disfarçada de alguém.
Que as janelas são o reflexo.
Que idéias são opacas, apagadas pelo externo.
Janelas que fechadas não mostram nada, apenas o desistente reflexo das idéias...Já em ti apodrecidas.
E essa tua vontade de se refazer amiúde... Por que respeito?
Se o que temos mais, e unicamente, é a tal da hipocrisia eternamente presente.
Amiga do egoísmo, ou melhor, primogênita.
Me culpo, me fecho.
A janela não mais possui o vidro da inocência.
Tomamos as providências que descem as escadas, e que se perdem como num rio subterrâneo.
E nesta argumentação elongativa o anjo se perde.
Com sua abstrata semelhança ao homem que o diabo construtivista cresce, e nos dá.
A idéia.
Faltoso mundo, pequena idéia.
Elucidemos aquela droga que nos faz... Nos faz.

Palavras gigantes
Em cima de mim
Fazem daquela menina de listas
Alvo de tudo que há de ruim
Uma semente que cresce do avesso
Esperando uma chuva de verão
Inocência em roupas de morte
seu sorriso marcado
Tímido e calado
Rosa em botão
Que não desabrocha
Palavras gigantes
Em cima de mim.

Um dia como este...

Em um dia como este, eu não sei quanto aos outros, mas eu me sinto tristemente livre.
O mundo inteiro parece estar ocupado para você, ou pelo menos mais ocupado que você.
A televisão parece estar mais lenta e as reprises aparecem incontáveis vezes mais do que semana passada, que você estava super ocupada, saindo com amigos e quase que não atendendo, o telefone, que praticamente não parava de tocar, ou pelo menos essa é a impressão que você tem em um dia como este, quando olha para a semana que já passou.
Você torce, para o dia passar o mais rápido possível, e quando já está anoitecendo, parece que tudo o que você queria fazer não deu tempo, quando na verdade tempo foi, a única coisa que não te faltou.

O telefone não toca, o som da televisão horas parece alto demais, horas não alto o suficiente.
Incontáveis são os suspiros proclamados, isso sem contar os ecos de palavras esporadicamente jogadas aos ventos, na vontade de preencher o vazio de algo ou alguém que não está lá.
Fico aqui sentada no sofá, ou melhor, jogada nele, esperando que algo me aconteça, alguém me telefone, ou até mesmo que me façam uma surpresa... Seria bom.
“Seria, faria, gostaria, ficaria, parecia.”
Esse tempo verbal condicional é presente demais no meu vocabulário, mais o que eu gostaria, “gostaria”.

Quando escutamos nossas mães, tias, e avós, falando “como era bom, no meu tempo”, nunca realmente escutamos.
Pelo menos não damos o valor devido a essa indagação, por mais clichê que ela pareça, tem o seu valor.
Hoje me pergunto, se pudesse ter feito tudo diferente nos últimos cinco anos, faria?
Isso eu não sei, algumas coisas sim, mas esse tipo de pergunta e auto-análise só aparece em um dia como este, não é mesmo?
Eu devia ter passado menos dias reclamando da vida, menos tempo vendo televisão e acima de tudo menos tempo me criticando e louvando minha falta de segurança.

Portanto eu espero que esse dia passe, que um novo dia clareie na minha vida e que eu saia da cama amanhã e que não seja apenas para ir até o sofá ou a cozinha. Tenho certeza hoje, de que amanhã tudo vai ser melhor, amanhã o mundo vai girar mais rápido e eu vou querer o contrário, amanhã eu vou acordar diferente e meus pensamentos serão otimistas como na semana passada.
Mas só amanhã.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Luar

Raul girava, passava seus dias girando.
Tinha a vista panorâmica da vida que todos desejavam, Raul via a tudo e todos irem e virem repetidamente.
Arvores, pessoas, crianças, velhos, pássaros, casais...
E tudo de novo, e de novo...
Mas era bom, pois via a vida acontecer com os outros; via desgostos e felicidades alheias, crianças correndo ingenuamente pelo parque, velhos alimentando a morte com alpiste, casais hora se beijando, hora brigando, moças tristes, moças histericamente sorridentes, via carnavais arruinando e arrasando e via até deitar o sol. A sua vida e papel eram de observador, espectador da vida, e por isso tinha a vista que “todos desejavam”.

Raul acordava com o dia e dormia com a noite.
Às vezes alguém o acordava durante a noite, eram em sua maioria, mendigos rebeldes ou jovens bêbados.
Ouvia historias muitas vezes repetitivas e monótonas, donas reclamando de maridos irresponsáveis e crianças-mendigo, que pedem, pedem e pedem mais. Mas de vez em nunca um certo alguém aparecia e lhe contava historias mirabolantes, sobre o mar, o deserto, e coisas que Raul não se cansava de imaginar. Raul gostava de imaginar que essas histórias eram contada única e exclusivamente à ele, pois não eram.

O crepúsculo, à Raul era o ápice de seus dias, girando e girando, via aquela grande bola amarela recolhendo-se no horizonte como se fosse um filme antigo em câmera lenta.
No qual, as imagens tem uma pausa entre si, e assim suas personagens parecem robôs, estáticos e fotografados.
Raul era conseqüentemente invisível aos olhos ocupados de quem o ocupava, mas isso não o chateava sempre, mas quando isso acontecia, o deixando cabisbaixo, Raul, desistia de girar e assim as pessoas que outrora não o deram atenção, davam algo a ele que o deixava viciado, com uma vontade louca de girar e girar ver o por do sol e pessoas e crianças e velhos e casais e... E... Mais.

Com o tempo, Raul foi envelhecendo e viciou-se naquele treco de consistência estranha e melada cor feia e cheiro pior ainda.
Não girava sem aquele treco. Queria atenção e queria o treco, por que diabos ele mesmo não podia pegar?
Raul tentava, e não saia do lugar, saia apenas da paisagem, e com muito esforço, pois precisava do treco, precisava mais do que tudo, mais do que de atenção.
Girava então com dificuldade e necessidade, girava triste e desinteressado.
Raul parou de girar, Raul morreu, Raul foi substituído.
Sim, Raul foi substituído, sua presença ali era apenas simbólica e comemorativa, não tinha valor se não proporcionava mais o riso e o vento novo, não era novo.
Porque tudo que é novo é melhor, tem mais valor e não precisa de nada, de ninguém.
Raul precisava do treco.