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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Quase

Eram duas. O frio fazia suar, o medo e a angustia caminhavam juntos.Sem pensar foi andando rumo ao sofrimento, encontrou o dobro.Eram dois. O protesto era inútil, o rosto e a paisagem se confundiam naquele sombrio escândalo.Foram minutos diluídos em horas, foram horas diluídas em dias, e não foram bons.O tempo passou a explorar suas duvidas, o mesmo, ganhava vida com incertezas e memórias, a dor pontuava os ecos de suas lagrimas. Nada mais fazia o menor sentido...Baixou os olhos, usou-os como um véu que cobria parte do que não voltava mais.Não voltaria.A sensação cortante da perda varria toda e qualquer vontade. Em seu rastro, pinceladas de raiva e mágoa semeavam o rompimento.Inevitável, algo tinha de ser feito. Sua inocência favorita estava ferida, aquela aparente perpétua penumbra lhe faltava, e seu sorriso havia sido engolido.Foram minutos, horas, dias, uma vida.Subia sem permissão, a frieza fazia suar, o medo e a angustia erguiam paredes.Foi sem pensar, e andando rumo ao sofrimento, o encontrou.Seu rosto? Descascado de vergonha, cheirava a medo.Foram segundos, meses, a eternidade.Observava, fingia não reparar na precariedade de seus sentimentos e olhares.Partiu.Fez-se um silencio tenso, supôs que um suspiro conduzia.E foi o primeiro... de segundos, minutos, dias, meses, anos, uma vida, a eternidade.E foi bom.